quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Frívolas Sombras

Frívolas Sombras
A pressão no meu peito está cada vez mais grave.
O ar mais escasso e as fincadas no coração ainda permanentes.
Meus olhos estão completamente anestesiados e um frio incomoda no estômago.
Os nervos estão embolados.
Vômitos se tornam frequentes, já não me sinto mais seguro.
A vida já não brilha como já brilhou.
Fingidas boas expressões que são apenas escárnio.
A esperança sumiu enquanto pisava na porta da morte.
O cigarro nem queima como antes.
O álcool não se tornou um bom amigo.
Procuro nem que seja uma lástima para viver.
Vestígios de algo que me faça humano novamente.
Fluo vagamente nos restos de uma vida sem sentido.
Me apodreci e me amarguei ainda de pé.
O espelho só reflete a carcaça.
Nem mesmo há dor pra sufocar, não há sentido algum.
O buraco a se jogar é plenamente visível.
A final ainda não sei porque ainda estou penando se não a esperança.
Tudo relacionado ao verbo amar nunca passou de uma mentira.
Uma ilusão evitamos pensar, puro egoísmo.
O sangue e a dor carnal não flagelam, acalmam
e os gritos morrem por dentro.
Todo caminho se degredou.
Observar uma criança é ver a magia viva que um dia se acabará.
O cansaço é incessante.
Nem há fúria que me faça uivar.
Aguardo apenas o momento em que todo suspiro pare de soprar.
Mas que a vela se resguarde para acabar no fim certo.
Sem proposito algum e com a certeza de certamente não ter valido apena.
Está frio e vazio.
Em fim...  leves passos na lamina da morte.

Por: W.S.E.

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