A sete
palmos dos cantos perdidos
Senti
o frio, a sombra e o medo.
Nem
o áspero ar me acalenta.
Já
não há mais vultos de tudo que um dia senti.
Tudo
nesse vazio me apunhala com a mais terrível dor,
aquela
que anestesia.
Meu
canto perdido em meus últimos segundos de toda morte.
Já
cansei de tanto medo, de tanto tédio e desespero.
Não
luto mais forçado, caí, acabou.
Senti
o frio, nenhum grito saiu.
O
silencio martirizou as réstias que me maculam.
O
vento leve cortou.
Nem
sedado acalmara minha amarga solidão.
Desmaio
incessantemente, tudo pesa, tudo cansa.
Só
sinto o frio, o cansaço, o vazio,
a
sombra e a solidão inconfortável
de
meu desespero silencioso.
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