Veneta
No meu momento
mais obscuro
erguido de grande
barreira
pérfido muro
desolado da
mentira no degredo
doente de dor,
vergonha,
como animal em
abate urro
Me livro de tudo, do
desespero
observando as
brumas velhas de antigo medo
bate frágil bravo coração
taciturno
em perene agonia
me curvo
ao abismo que me
come por inteiro
Sem voz, me calo
morto, mudo,
escorraçado
em fúria, dor, em
meu mortuário
de olhos abertos ouço
os berros que ecoam
desse confim em
mim selado
Sem voz canto
enlouquecido
no enfermo podre
exercito
um desejo de
partir acumulado
Impulsiva se faz a
morte e a domino endiabrado
na esperança de
saber a hora certa
no momento que ela
se fazer desperta
e num golpe me
levar ao outro estado
Desejo mútuo,
forte batente
corrói como
esperança dolente
a carcaça
humilhada, vazia
de um moribundo
resistente.
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