segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Veneta

Veneta

No meu momento mais obscuro
erguido de grande barreira
pérfido muro
desolado da mentira no degredo
doente de dor, vergonha,
como animal em abate urro

Me livro de tudo, do desespero
observando as brumas velhas de antigo medo
bate frágil bravo coração taciturno
em perene agonia me curvo
ao abismo que me come por inteiro

Sem voz, me calo
morto, mudo, escorraçado
em fúria, dor, em meu mortuário
de olhos abertos ouço os berros que ecoam
desse confim em mim selado

Sem voz canto enlouquecido
no enfermo podre exercito
um desejo de partir acumulado

Impulsiva se faz a morte e a domino endiabrado
na esperança de saber a hora certa
no momento que ela se fazer desperta
e num golpe me levar ao outro estado

Desejo mútuo, forte batente
corrói como esperança dolente
a carcaça humilhada, vazia
de um moribundo resistente.

Por: Wesley da Silva Emiliano




Sem comentários:

Enviar um comentário