segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Incertezas

Incertezas
Nunca tive certeza de nada!
De nada aprendido e de nada ensinado
de meus medos e dos meus desejos
do presente, do futuro, passado

Da existência ou do desconhecido
de mim, dos outros
ou dos vultos perdidos

Nunca tive certeza
do real, do irreal
do contento e descontento
das alegrias, das tristezas
do certo e do errado

Da vida, da morte
da vontade, do desespero
do limite e da incapacidade
da coragem ou do medo

Sem certezas de todas as coisas que vivi
e todas as coisas que sonhei.
Das verdades, das mentiras.
De tudo que destruí e de tudo que criei.

Nunca estive presente em absoluto domínio do conhecimento
e talvez seja esse meu limite de sabedoria e ignorância.
Do pouco que afirmo, afirmo em desconfiança
de todas as coisas que me seriam cabível entender.

Bem pouco sei de mim mesmo,
sem a certeza do que significa meu ser,
de quem eu sou, ou de que me faz o ser.
Acredito que é essa minha máxima verdade
e temo me engodar sem perceber.

Com um bravo lampejar
abre minha mente um turbilhão de trovoadas.
tão nítidas e insensatas que me levam
ao furor de seus furores
Tenho como certeza a certeza de não saber de nada.

Por: Wesley da Silva Emiliano


“Só sei que nada sei” Sócrates


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