Incertezas
Nunca tive certeza
de nada!
De nada aprendido
e de nada ensinado
de meus medos e
dos meus desejos
do presente, do
futuro, passado
Da existência ou
do desconhecido
de mim, dos outros
ou dos vultos
perdidos
Nunca tive certeza
do real, do irreal
do contento e
descontento
das alegrias, das
tristezas
do certo e do
errado
Da vida, da morte
da vontade, do
desespero
do limite e da
incapacidade
da coragem ou do
medo
Sem certezas de
todas as coisas que vivi
e todas as coisas
que sonhei.
Das verdades, das
mentiras.
De tudo que
destruí e de tudo que criei.
Nunca estive
presente em absoluto domínio do conhecimento
e talvez seja esse
meu limite de sabedoria e ignorância.
Do pouco que
afirmo, afirmo em desconfiança
de todas as coisas
que me seriam cabível entender.
Bem pouco sei de
mim mesmo,
sem a certeza do
que significa meu ser,
de quem eu sou, ou
de que me faz o ser.
Acredito que é
essa minha máxima verdade
e temo me engodar
sem perceber.
Com um bravo
lampejar
abre minha mente
um turbilhão de trovoadas.
tão nítidas e
insensatas que me levam
ao furor de seus
furores
Tenho como certeza
a certeza de não saber de nada.
Por: Wesley da
Silva Emiliano
“Só sei que nada
sei” Sócrates
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