sábado, 7 de novembro de 2015

Sobre os Suicidas



    (Se tratando da forma de suicídio mais comum nos dias de hoje.)

     Normalmente o suicídio é equacionado como forma de acabar com uma dor emocional insuportável causada por variadíssimos problemas. É frequentemente considerado como um grito de pedido de ajuda. Alguém que tenta o suicídio está tão aflito que é incapaz de ver que tem outras opções.
     Os suicidas sentem-se com frequência terrivelmente isolados; na maioria dos casos, escolheriam outra forma de solucionar os seus problemas se não se encontrasse numa tal angústia que os incapacita de avaliar as suas opções objectivamente. A sua intenção é parar a sua dor e não pôr termo à sua vida. A este facto dá-se o nome de bivalência.
     Podemos ajudar, prevenindo uma tragédia, se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.


Mitos e Realidade Sobre o Assunto

Mito: Quem quer se suicidar, não avisa.
Realidade: Em dez pessoas que se suicidam, oito dão pistas de suas intenções, mesmo que sejam mínimas. O suicídio é resultado de um processo que quase sempre pode ser acompanhado, ainda que possa desenrolar-se muito rapidamente nos jovens.

Mito: Um suicida quer realmente morrer.
Realidade: O suicida deseja parar de sofrer, não quer morrer realmente. Ele hesita entre a vida e a morte e deixa aos outros o cuidado de lhe salvar.

Mito: O suicida é covarde, ou corajoso.
Realidade: O suicida não atenta contra sua vida por covardia ou por coragem, mas por que sua vida é insuportável e porque ele não vê outra solução.

Mito: Suicida um dia, sempre suicida.
Realidade: A tendência ao suicídio é reversível. O processo não dura toda vida e pode ser afastado mesmo no caso de suicidas crônicos.

Mito: A pessoa que pensa em suicídio parece necessariamente deprimida.
Realidade: Os sintomas variam em função da personalidade de cada um. Sob a aparência de um bufão ou de um 'duro na queda' pode esconder-se uma grande tristeza.

Mito: Uma melhora nos riscos de suicídio significa que o perigo passou.
Realidade: Uma pessoa que toma a decisão de se matar pode parecer aliviada e até mesmo feliz. Pode-se pensar que a crise acabou, mas é agora que se deve estar mais vigilante. A grande maioria dos suicídios ocorrem nos três meses que se seguem ao começo da melhora.

Mito: A tendência ao suicídio não é hereditária.
Realidade: Pelo contrário, se há tentativas na família, o risco é maior.

Mito: Os suicidas são doentes mentais ou loucos.
Realidade: Nem todas as pessoas que querem livrar-se da vida padecem de uma doença mental e aquelas que a padecem, nem sempre tentam o suicídio. O suicida pode estar sendo vítima de um problema emotivo temporário ou haver perdido a esperança de sair de uma situação difícil, isso não o torna um enfermo mental.

Mito: Aquele que ameaça suicidar-se não o fará, trata-se de um meio de atrair a atenção.
Realidade: A ameaça de suicídio deve ser sempre levada a sério. A pessoa que atua dessa forma está sofrendo e necessita de ajuda. Mesmo em caso de tentativa de manipulação nas mensagens enviadas, não se deve esquecer que deve haver também uma grande dose de desespero para que se chegue a tal ponto.

Mito: Os suicidas têm uma personalidade fraca.
Realidade: Não existe uma personalidade suicida típica. Contrariamente, tratam-se de pessoas cheias de energia. Frequentemente estão atravessando enormes dificuldades (perdas, rejeição, violação, depressão, etc.). Como exemplo temos o caso da Virgínia Wolf, escritora inglesa, feminista e uma mulher das mais atuantes do início deste século.

Mito: O suicídio se produz comummente em meios economicamente desfavoráveis.
Realidade: O suicídio ocorre em todas as classes sociais.do uma tragédia, se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.

 Suicide


Retirado do Blog: 
http://filosofiasdeumamentesuicida.blogspot.com.br/





“Não é que o suicídio seja sempre uma loucura. (…) Mas, em geral, não é num acesso de razão que nos matamos.” - Voltaire


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