domingo, 10 de janeiro de 2016

Circulo de Declínio

Circulo de Declínio

Morro num circulo de declínio
em um réquiem entoado com estranheza
 ressona como o grito do vento frio
em noite inquietante de pobreza.

Assassinado incontáveis vezes.
De cada um desses assassinos
tenho uma marca que não cura.

Sinto um pesadelo real e sem fim
atolado na impotência sob angustia.
Aprisionado na carne em tortura.

Quantas vezes suicidei!
Aqui parado, sem reação me vejo apodrecer
deixei-me esvair tudo que valia.
Sem ter ao menos mísera alegria.

Ocultam-se mil formas involucras
no pântano que me faço vagante.
Com o olhar transfigurado
me despeço demasiado errante.


Wesley da Silva Emiliano

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