Circulo de Declínio
Morro num circulo de declínio
em um réquiem entoado com estranheza
ressona como o grito do vento frio
em noite inquietante de pobreza.
Assassinado incontáveis vezes.
De cada um desses assassinos
tenho uma marca que não cura.
Sinto um pesadelo real e sem fim
atolado na impotência sob angustia.
Aprisionado na carne em tortura.
Quantas vezes suicidei!
Aqui parado, sem reação me vejo apodrecer
deixei-me esvair tudo que valia.
Sem ter ao menos mísera alegria.
Ocultam-se mil formas involucras
no pântano que me faço vagante.
Com o olhar transfigurado
me despeço demasiado errante.
Wesley da Silva Emiliano